Camila Smid A ENTREVISTA

É difícil definir o meu maior objetivo, especialmente na fase em que eu estou, prestes a entrar numa faculdade e tudo mais. Mas eu sempre quis ter um bom emprego e uma vida economicamente estável, esse deve ser meu maior objetivo, o único que nunca mudou, talvez por eu querer seguir o exemplo do meu pai. Ele sempre foi um homem que trabalhou em tudo e com tudo para chegar onde chegou, e hoje vive bem. Quero conseguir fazer o mesmo.

Wow, que pergunta paradoxal! Se não existisse O Que Podia Ser, podia ser que as pessoas nunca questionassem o que não é, sempre se prendessem ao que já é ou um dia foi, e assim nunca descobririam o que podia ser!

Já sofri bastante preconceito na família sim, em relação a minha sexualidade e até mesmo ao modo com o qual eu me porto ou visto. No início era bem mais difícil, mas para que as coisas se ajeitassem eu fui tentando mostrar (sem grandes brigas e com toda paciência possível) que era normal ser homossexual, que não era ruim, e que nada do que eu fazia era motivo para ser discriminada ou repreendida. Aos poucos meus pais foram se acostumando com isso, mas mesmo depois de cinco anos eu ainda tenho atritos com minha mãe sobre minha sexualidade. É só ser paciente, são sua família e não tem como você ir contra eles... Então precisa ir levando.

Ah, obrigada! Muito obrigada mesmo... Bom, eu sempre quis publicar um livro, já escrevi dois mas nunca achei que fossem suficientes porque tratavam de pequenos capítulos, algo que nunca daria em nada, não era bem o que eu queria publicar. Agora estou escrevendo uma web-novela que eu pretendo que se torne um livro, e cada crítica discutida na comunidade onde eu a posto é levada em consideração na hora da minha revisão para mudar o documento oficial, e assim mandá-lo para uma editora quando ele estiver pronto.

Na verdade, antes mesmo de saber que isso se chamava web-novela eu já escrevia. Mas eram pequenos contos, que nunca passavam muito das vinte páginas. Quando vi que o incentivo dos leitores e das leitoras me ajudava muito a levar uma história a diante, resolvi tentar, e peguei gosto! Agora sempre que tenho uma idéia nova de alguma história, tento transfigurá-la até que ela se encaixe na web que eu estou escrevendo naquele momento.

Poxa, essas são quatro perguntas! Mas lá vai... Minha condição financeira é consideravelmente boa, não posso reclamar de absolutamente nada. Meu pai é aposentado mas recebe muito bem, então vivemos com conforto, mas sem esbanjar dinheiro. Sobre eu gostar da minha vida: adoro! Sou fã da vida, das coisas que me acontecem o tempo todo e que me fazem acreditar que eu tenho sorte até demais. Minhas maiores dificuldades, sinceramente, são coisas bobas. Tenho só dezoito anos e me relaciono muito bem com as pessoas, não tenho problemas financeiros ou pessoais que me atormentem, e minha saúde vai muito bem. Então costumo e preocupar com notas do colégio, chegar cedo em casa, não ser assaltada, maneirar nos gastos... Essas coisas. Medo? Além do meu trauma infantil de lobisomens (e consequentemente de cachorros grandes), vivo com medo de ser assaltada (já fui duas vezes) e descobri que tenho um pouco de medo de altura.

Olha, muita gente já tentou explicar o que essas mudanças representam, mas nem elas nem eu conseguimos chegar a uma teoria totalmente válida. Há quem diga que eu costumo descontar meus sentimentos no cabelo, então quando algo vai muito errado ou quando estão acontecendo muitas coisas comigo, eu mudo ele. Deve ser isso!

Bem... Passei por um relacionamento que durou pouco mais de dois anos. Durante este, muita coisa aconteceu. Coisas boas, sim, mas as coisas ruins que foram acontecendo memarcaram profundamente, e eu sou extremamente rancorosa em certos aspectos. Então mudei um bocado minha forma de ver o mundo, mas já conheci uma pessoa que está me fazendo reacreditar no amor, e está sendo maravilhoso...

A idéia do blog surgiu quando eu lembrei de um texto meu, muito antigo, onde eu dizia que gostava muito da palavra "Talvez". Tentei traduzi-la de várias formas, e "O que podia ser?" foi o que saiu. No começo era um blog escrito, com teorias bem mais sérias, e algumas também bem absurdas. Mas um dia eu estava com preguiça de digitar e não tinha nenhum tema, então resolvi me filmar falando qualquer coisa, e percebi que os leitores tinham gostado. Resolvi aderir ao movimento, e transformei o blog em um canal do Youtube!

Nossa, há anos... Acho que desde que eu tinha meus doze ou treze anos, eu já usava o photoshop e tentava fotografar. Aos quinze, ganhei minha câmera, com a qual eu trabalho até hoje. Sempre adorei a fotografia, é uma paixão que me acompanha bem sorrateira, mas que sempre tem um espaço no meu dia.

Nossa, muita gente comentou que meu cabelo estava igual ao do Jared Leto! Eu costumo ouvir 30 Seconds sim, eles são muito bons, mas eu gosto ainda mais do Jared como ator, ele faz ótimos trabalhos. Já meu cabelo, não foi proposital! O problema é que eu já estava loira, e o rosa era o único tonalizante que a cabeleireira tinha no salão no dia em que eu fui fazer. Olhei, gostei e resolvi tentar. Mas saiu depois de algumas lavagens!

Um abraço forte, sincero, e bem demorado. As pessoas evitam de me abraçar no geral...